Sexta a noite. Zero vontade de ver a rua.
Revi Big fish.
Ninguém se cansa de dizer que Tim Burton deve ter sérios problemas com o pai. Acho que Big fish é o mais emblemático dos filmes dele sobre o assunto porque é o único que assume.
Eu gosto desse filme porque ele ilustra a minha teoria sobre problemas com os pais. Ela diz que você só efetivamente vira adulto quando percebe que ao invés de implicar com seus pais, o negócio é amá-los como eles são, com seus defeitos e tudo. Ter sim paciência pra aquelas coisas que você não gosta, mesmo que exija muita dela, mesmo porque, essas coisas são aquelas que fazem você virar a cara quando se olha no espelho. São as mais evidentes na sua personalidade, por mais que negue.
É muito engraçado como no filme fica evidente, mas de forma muito sutil, que o que ele sente do pai é inveja da melhor qualidade dele. Ele torna aquilo que faz o pai amado por todos no pior defeito que um ser humano pode ter. Mas ele só consegue fazer isso pra ele. Nem mesmo a esposa ele convence do suposto desvio do pai. A mãe então, nem pensar.
Acho muito bom quando ele para de criticar o pai e assume a porção da pernsonalidade que ele tanto condena para dar ao pai o fim que ele merece.
O pior nesse lance todo de aceitação dos pais, o que mais me assusta é que me parece que uma pessoa incapaz de amar os pais por seus defeitos e qualidades, não pode ser capaz de amar mais ninguém, né?
Loucura.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
estamos virando heremitas! hehehe.
chorei tanto quando vi esse filme.
(comentário extra-fútil), mas ele me tocou bem no ponto fraco, meus problemas com meu pai.
acho que por isso amo tanto tim burton.
bjos.
Postar um comentário